quinta-feira, 1 de abril de 2010

Elianinha dispara pra cima do homem do "levantando e monitorando..."


CARTA DE INDIGNAÇÃO

Após denunciar irregularidades na entrega das geladeiras aos desabrigados das enchentes de 2008, sem motivo plausível o Major Sérgio Murilo de Melo, em suas entrevistas para as TV´s locais, e também no uso do plenário na Câmara de Vereadores, dia 23/03/2010, começou a proferir alegações infundadas sobre minha pessoa, as quais estão longe da verdade dos acontecimentos.

Primeiramente no dia 11/03/2010, houve a entrega de uma geladeira em minha residência, aparelho este doado pela CELESC, ocasião em que eu não me encontrava na minha residência, tendo minha filha efetuado o recebimento do eletrodoméstico, em total desconhecimento da existência das ditas doações, somente recebendo a geladeira porque constatou uma Nota Fiscal em meu nome

No entanto, no momento da entrega, às 17:30 horas, me encontrava em audiência, no Gabinete do Prefeito Jandir Belline, para negociação Salarial dos Servidores entre outras reivindicações da categoria, conforme declaração anexa expedida pela assessoria do Gabinete.

No mais ao chegar em minha residência, por volta das 19:30 horas, tomei ciência do ocorrido e da entrega da geladeira, oportunidade em que fiquei indignada com a situação que ocorrera, momento em que tomei a iniciativa de no dia seguinte, as 08:00 horas, me dirigir até a Defesa Civil da cidade para que me fosse dado esclarecimento sobre o episódio fatídico, questionando inclusive os critérios que foram adotados para que a geladeira chegasse até minha residência, sem que eu tenha solicitado tal eletrodoméstico, sendo que haviam pessoas realmente necessitadas.

Naquela oportunidade sequer fui recebida dignamente nas dependências da Defesa Civil pelo Major , com certo grau de hostilidade, saindo de lá sem qualquer explicação do ocorrido, em nítido descaso com minha pessoa, como cidadã, e em nítido desprezo com os demais cidadãos que realmente necessitavam daquela doação.

No mais, me chamou a atenção o fato de eu trabalhar anexo ao prédio da Defesa Civil, e nunca me ter sido dito que seria contemplada com a famigerada geladeira. Minha indignação foi no sentido de ter conhecimento de que a doação das geladeiras, pela CELESC, seria em detrimento de um programa para diminuição de consumo de energia elétrica de pessoas com renda mensal de até um salário mínimo e, além disso estariam recolhendo as geladeira antigas e desgastadas pelo tempo, situação esta que não se aplicava ao meu caso, tendo a distribuição das geladeiras ocorrido sem aqueles critérios acima destacados, e ainda terem me enviado o aparelho sem me enquadrar nos critérios e, pior, sem necessidade do aparelho, e sem que tenha pedido e por fim não recolherem a minha geladeira.

Não obstante esse erro crasso da Defesa Civil, por varias vezes o Major Murilo enfatiza dizendo erroneamente que a “Dona Eliane recebeu a Geladeira” e que “esta estaria tentando se promover”, e que “deveria ter devolvido o eletrodoméstico de imediato”. Porém paira no ar uma dúvida que não quer calar “Como poderia eu ter devolvido a geladeira de imediato, se não recebi o aparelho pessoalmente, mas sim minha filha, bem como eu poderia devolver naquele mesmo dia se a Defesa Civil se encontrava fechada, pois somente tomei conhecimento da entrega depois das 19:00 horas?

Todavia, no dia seguinte, de forma imediata procurei a defesa civil para devolução do aparelho, que exigiu diversas burocracias, inclusive questionando os motivos da devolução, oportunidade que procurei a imprensa para que o povo Itajaiense tomasse ciência das irregularidades que vinham ocorrendo.

Destaco mais uma vez que minha atitude, perante a imprensa, foi no sentido de denunciar a entrega irregular das geladeiras de forma desorganizada, sem critérios e em contrariedade com a finalidade proposta, que segundo o Sr. Danilo, da CELESC de Florianópolis, seria aquela já acima explicada, ou seja, redução de consumo elétrico para famílias com renda de até um salário mínimo e que estivesse enfrentando necessidades.

Após tais constatações consegui entender a proposta da empresa para as doações, porém não entendi as atitudes da Defesa Civil e principalmente do Major Murilo em contrariar tal nobre projeto de doações. Ao contrário disso, ao invés de providenciarem uma lista de moradores dentro dos critérios de baixa renda (um salário mínimo) e com problemas em suas geladeiras, simplesmente fez uso de um cadastro da INTRANET nos sistemas informatizados do Município de Itajaí/SC, realizado em 2008 logo após as enchentes, que tinha por finalidade cadastrar moradores atingidos pelas enchentes, que não foram poucos, com o único objetivo de ajuda imediata diante daquela situação premente e emergencial de tragédia, sem qualquer critério de cadastro sócio-econômico.

Acredito que um programa tão bem intencionado como este, promovido pela empresa CELESC, inclusive que foi estendido a outras cidades e com o objetivo de diminuir os gastos com energia elétrica de famílias de baixa renda, a Defesa Civil deveria ter feito um levantamento com mais consciência e dedicação das atuais famílias que realmente estariam no perfil do projeto.

Tenho conhecimento que o Major e uma funcionaria da Defesa Civil, já em 25/11/2009, haviam participado de reuniões em que foram discutidos os critérios para as entregas das geladeiras.

Acredito que tenham tido tempo suficiente para buscar melhores formas de avaliação e critérios nas escolhas das famílias.

Após meu relato de indignação, o Major sem resposta plausível para o acontecido, de forma grosseira, tentou se justificar para reverter a situação, atacando minha pessoa e focando que eu havia recebido a geladeira e não devolvido esta.

Porém só não lembrou do fato de que tudo estava devidamente documentado, e que existia um documento com o recebimento pela minha filha, e que naquele momento da entrega me encontrava em um compromisso oficial, com o Prefeito de Itajaí/SC, conforme cópia de documento anexo.

A conduta da defesa civil de não ter admitido seu erro e hoje ainda continua errando, pois solicitei por escrito (doc. anexo) a cópia da nota assinada por minha filha e a minha ficha de cadastro junto a defesa civil em 2008, após a enchente, sendo que para minha surpresa, me foi entregue uma cópia de um cadastro do sistema da INTRANET e uma cópia da primeira via da nota fiscal sem assinatura de quem recebeu a geladeira (doc. Anexo). Onde está a minha ficha preenchida em 2008, com meus dados e assinada por mim e o termo recebimento assinado pela minha filha, como mostrou o Major Murilo na câmara de Vereadores?

Ficam outras perguntas no ar “O que tem o Major a esconder sobre tais fatos?” “Onde está a transparência do seu trabalho?” “Porque na Câmara de Vereadores este afirmou que estava com a minha ficha “assinada” de 2008 e a nota fiscal assinada por mim?”

Posso dizer que sou pessoa transparente e idônea, pois tudo que aleguei provei, não tive medo de denunciar as irregularidades ocorridas e derivadas de uma situação que deveria beneficiar pessoas carentes, o que não ocorreu, querendo agora tais pessoas jogarem toda a sujeira para debaixo do tapete, justificando o que não tem justificativa, ou seja um erro crasso.

Fiz o que qualquer cidadão faria, DENUNCIE!


Eliane Aparecida Corrêa

Moradora de Itajaí – 30/03/2010

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