quinta-feira, 5 de março de 2009

Tá feia a coisa!

A situação não anda nada fácil pro homem pássaro, prefeito Edson Periquito Dias (PMDB), da Maravilha do Atlântico Sul. Matéria do nosso DIARINHO de todos os dias, edição desta quinta-feira, narra mais um lance dessa novela que parece não ter fim, do doador fantasma, que num gesto de extrema gentileza, estrebuchou R$ 200 mil pra ajudar a campanha do hoje prefeito-ave.

A resposta da dona justa eleitoral à defesa do prefeito Edson Periquito (PMDB), acusado de ter recebido grana de um doador fantasma pra sua campanha, é que os argumentos são inconsistentes. O canetaço foi da juíza Marisa Cardoso de Medeiros, que cansou de trelelê e mandou chamar as testemunhas indicadas em dois dos processos que pedem a cassação de Periquito. Os depoimentos vão rolar na próxima segunda-feira.
As considerações da magistrada dizem respeito a duas das ações. Uma de investigação judicial eleitoral (AIJE) e uma proposta pela coligação entre tucanos e democratas, derrotada nas eleições. Ainda corre contra o prefeito a rejeição das contas e um processo de impugnação do mandato eletivo, que tá em segredo de justiça.
Dotôra Marisa melou os argumentos em que se pautaram os advogados de Periquito e do vice-prefeito Cláudio Dalvesco (PSB) pra defendê-los das acusações. A defesa tentou invalidar os processos dizendo que só teriam validade se tivessem sido feitos antes das eleições.
A juíza diz que nesse caso o pedincho de cassação do registro fica prejudicado, mas não o de inelegibilidade dos réus por três anos. “Consumado o ato da diplomação, um dos efeitos da demanda perdeu eficácia, qual seja, a cassação do registro. (…) Remanesce a possibilidade de aplicação da outra sanção”, carcou.
A defesa tentou ainda dizer que a ação de investigação não valia nada por ter sido proposta pelo ministério público. A juíza, entretanto, lembrou o tipo de denúncia que corre contra o prefeito. “Decorreu de imperativo legal, devido à desaprovação das contas do candidato (…), não só em virtude de possíveis irregularidades na arrecadação de recursos, como também para apurar uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico”, caneteou. Também foi rejeitada pela dona justa a proposta de largar a bomba nas mãos do PMDB, como sugeriram os advogados de defesa.
Testemunhas
Os depoimentos das testemunhas indicadas nos dois processos foram marcados pras 14h, na segunda-feira. Uma delas é Rubens Batista Santana, morador do bairro da Barra, que segundo a defesa do prefeito foi quem efetivamente depositou os R$ 200 mil pra conta de campanha de Periquito.
O nome que consta como doador é o de Waldemar Luiz Correa, cuja existência nem a polícia civil catarina, nem os advogados do prefeito e do vice conseguiram provar. Caberá ao tal Rubens explicar de onde veio a grana e quem é o tal fantasma.

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